Depois de todo grande anúncio público, Steve Jobs, o principal executivo da Apple, frequentemente tira um ou dois dias para responder a perguntas dos empregados na sede da empresa, na Califórnia, Estados Unidos. O ritual não é dos mais cômodos - para os concorrentes. Desta vez dois temas foram recorrentes: Google e Adobe.
No início de janeiro, o mais importante serviço de buscas da internet lançou seu primeiro celular - Nexus One - enquanto Jobs, no mesmo dia, anunciava que o iTunes havia chegado a três bilhões de aplicativos vendidos. Na ocasião, Jobs afirmou não ver "nenhum sinal de competição em breve". Na semana passada, após o lançamento dop iPad, a ausência de suporte ao Adobe Flash - que também não está presente no iPhone, três anos depois do lançamento- foi motivo de críticas diante da possibilidade de que os compradores do aparelho não possam rodar vídeos no YouTube, o site mais popular do gênero no mundo.
De acordo com a revista Wired, Jobs aproveitou uma audiência de funcionários - a imprensa não acompanhou o evento - para comentar os dois temas.
Sobre o Google: "Não entramos no negócio de buscas, eles entraram no de telefones. Não há dúvida de que querem matar o iPhone. Não vamos deixar". E depois, interrompendo um funcionário que perguntava sobre outro assunto, voltou ao tema. "Esse mantra Don´t be evil (Não seja mau). É bobagem" (em outra versão, segundo a Wired, é de que ele disse na verdade ser um "monte de m."). A audiência rugiu de satisfação.
E sobre a Adobe?
"Eles são preguiçosos", Jobs respondeu. "Eles têm todo esse potencial de fazer coisas interessantes, mas simplesmente se recusam. Eles não fazem nada com a abordagem que a Apple está fazendo. A Apple não usa Adobe porque é uma carroça. Quando o Mac trava frequentemente é por causa do Flash. Ninguém vai usar Flash. O mundo está se movendo para o HMTL5".
O mundo, é claro, inclui o Google, que anunciou estar testando o HMTL5 no YouTube, o que pode, no futuro, tornar inútil a polêmica sobre o Flaxh x Ipad.
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