Uma nova e melhor arma contra a meningite, bactérias super resistentes e infecções por fungos está sendo desenvolvida com nanotecnologia. Cientistas do Instituto de Bioengrenharia de Cingapura desenvolveram nanopartículas peptídicas que procuram e destroem células de bactérias e fungos que poderiam causar infecções fatais. Peptídios são compostos de aminoácidos que formam as proteínas.
Infecções cerebrais, como a meningite e encefalite, são uma causa comum de morte, perda da audição, problemas de aprendizado e dano cerebral em pacientes. Tais doenças são perigosas pois a membrana cerebral é impenetrável pela maior parte dos antibióticos convencionais, que têm estruturas moleculares muito grandes para entrar pela membrana. As nanopartículas peptídicas, por sua vez, contêm um componente que as permite penetrar no cérebro, chegando às partes infectadas, que necessitam de tratamento. Isso faz com que as nanopartículas sejam superiores aos tratamentos alternativos para este tipo de infecções.
“Nosso tratamento causa dano à estrutura do agente da doença e o destrói”, afirma Yiyan Yang, chefe do estudo. “O oligopeptídio tem uma estrutura química única, que forma nanopartículas com componentes na sua superfície que permitem a penetração”, completa. “Essas nanopartículas podem facilmente entrar em bactérias e células de fungos e desestabilizá-las para causar a morte celular”, diz Yang.
O estudo ainda demonstrou que essas nanopartículas têm grande atividade antimicrobial e são mais eficientes para impedir o crescimento de infecções por fungos do que as drogas disponíveis atualmente. “Conseguimos matar as bactérias melhor do que os antibióticos convencionais. Atacando a estrutura celular dos micróbios, nossas nanopartículas podem ser usadas para combater infecções bacteriais persistentes com mais sucesso”, afirma Lihong Liu, cientista que participou do estudo.
Testes mostraram que as nanopartículas peptídicas são biocompatíveis e não causam danos ao fígado e aos rins, e também são seguros para o uso em doses terapêuticas, que não causam danos aos glóbulos vermelhos.
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