Uma
geladeira que coloca o leite na lista de compras quando ele está acabando, um
cofre que contabiliza seu dinheiro guardado, um carro que permite transmitir
música a partir da internet são exemplos de objetos inteligentes. Mas talvez
eles não sejam tão espertos assim.
Essas
inovações correm uma série de riscos. Recentemente, dois pesquisadores em
segurança controlaram remotamente um Jeep Cherokee da Chrysler. Sentados num
sofá apenas com laptops, eles fizeram com que o motor do carro, que andava ao
longo de uma rodovia, se desligasse enquanto um caminhão de 18 rodas corria em
direção a ele. Eles fizeram isso ao mesmo tempo em que um repórter da Wired
estava dirigindo o carro. Com o conhecimento deles seria possível controlar
qualquer jeep apenas com o IP do carro, seu endereço de rede na Internet.
Hackear
um carro é um bom exemplo do que pode dar errado com a futura “Internet das
Coisas” – objetos equipados com softwares e conectados a redes digitais.
A
Internet de antigamente se destinava a conectar pessoas que já confiavam um no
outro, como pesquisadores acadêmicos ou redes militares. Portanto, ele nunca
teve a segurança robusta que a rede global de hoje precisa. À medida que a
Internet passou de alguns milhares de usuários a mais de três bilhões, as
tentativas de reforçar a segurança foram frustrados por causa do custo e dos
interesses conflitantes. Conectar objetos do dia a dia vai acabar por criar a
“Internet das Coisas Hackeadas”, o que, segundo a autora, é irresponsável e
potencialmente catastrófico. Os hackers podem acabar com a segurança dos
objetos inteligentes com um pendrive enquanto eles apagam todos os registros de
seu crime.
Apesar
da Chrysler ter feito um recall de 1,4 milhões de Jeeps para corrigir esta
vulnerabilidade particular, a empresa levou mais de um ano para detectar o
problema. Ao anunciar a correção de software, a empresa disse que nenhum
defeito tinha sido encontrado. Se desligar o motor de um carro em alta
velocidade a milhas de distância não qualificar um defeito, a autora diz que
não sabe o que é defeito no mundo da Chrysler. E a Chrysler está longe de ser a
única companhia comprometida: a BMW, a Tesla, a General Motors e muitas outras
marcas de automóveis também têm sido hackeadas.
A
“Internet das coisas” também é um pesadelo em relação à privacidade. Na semana
passada, pesquisadores mostraram, na Def Con (conferência anual de segurança da
informação) como eles poderiam hackear objetos inteligentes do cotidiano, como
os monitores de bebê, termostatos e câmeras de segurança.
Portanto,
se já é um aborrecimento uma geladeira normal fucionar mal, imagine hackers
invadindo o software do objeto em questão. Já no caso de carros, por exemplo,
os hackers são capazes de controlar o motor, a direção, e até mesmo os freios,
um perigo e tanto.
Fonte-opiniao
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