terça-feira, 24 de julho de 2012

Nobel de Medicina diz que a cura da Aids está bem próximo


A virologista francesa Françoise Barre-Sinoussi, que ganhou o prêmio Nobel de Medicina em 2008 junto com outros virologistas por identificar o vírus HIV, disse nesta quinta-feira, 19, que, após o anúncio das últimas descobertas, a cura da doença está à vista.
Françoise Barre-Sinoussi afirmou ainda que uma equipe de cientistas internacionais se uniu para encontrar a cura prevista, que é inspirada no caso de uma paciente norte-americano que se curou da Aids após passar por um transplante de células-tronco em Berlim, em 2007. A doação foi feita por outro homem que tem uma mutação genética rara que impede a contaminação pelo vírus HIV.
De acordo com a virologista, “isso prova que encontrar uma maneira de eliminar o vírus do corpo é realista”. Desde a cura desse paciente, cientistas vêm tentando repetir a façanha, apesar de seu alto custo e dificuldade. Agora, no entanto, o caminho será buscar uma reação semelhante, e não idêntica, e que seja mais barata e mais fácil de reproduzir.
Redução do número de mortes
Outras descobertas recentes também vêm animando os pesquisadores, trazendo novas esperanças. A virologista francesa diz que foi confirmado que uma minoria de pacientes, cerca de 0,3%, não apresenta sintomas da Aids mesmo sem nunca receber tratamento. Além disso, um pequeno grupo que recebeu medicamentos antirretrovirais na França passou a viver sem os sintomas da Aids.
Embora tenha evitado apontar um prazo para a descoberta da cura da doença, a Nobel de Medicina disse que é possível, “em princípio”, eliminar a pandemia até 2050 caso o acesso a medicamentos seja facilitado.
De 2005 a 2011 o número de mortes em decorrência da Aids diminuiu 24% em todo o mundo.

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