sábado, 12 de fevereiro de 2011

Mundo armazena 295 trilhões de megabytes em apenas um ano

Excesso de informação é algo possível de medir? Dois pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia decidiram que sim, e calcularam a quantidade de dados armazenados pela humanidade apenas no ano de 2007: 295 trilhões de megabytes de dados.

Para se ter uma ideia deste volume, esses 295 trilhões de megabytes encheriam 404 bilhões de CDs, ou seja, 61 CDs para cada habitante do planeta; e colocá-los um em cima do outro criaria uma pilha de cerca de 475 milhões de quilômetros, o equivalente a 1,25 vezes a distância da Terra à Lua.

Esse valor também é 315 vezes maior que o número de grãos de areia existentes no planeta, e se cada unidade de informação fosse uma estrela, isso significaria que cada habitante da Terra teria uma galáxia de informação a seu dispor.

“Por um lado estes números são enormes, mas comparado ao que a mãe natureza faz somos humildes aprendizes”, afirmou Martin Hilbert, um dos autores do estudo. E completou: “As moléculas de DNA de um ser humano adulto armazenam 305 vezes mais informação do que todos os nossos sistemas de armazenagem de dados juntos”.


A pesquisa, publicada nesta quinta (10), no periódico especializado Science, também calculou números como a quantidade de informações transmitidas de forma unidirecional (em que a pessoa apenas recebe a informação, não envia ). Em 2007, o número foi de cerca de 2 quadrilhões de megabytes, o equivalente a cada habitante da Terra recebendo dados de 174 jornais por dia.

O início da era digital, conforme o estudo, foi em 2002. Foi neste ano em que os meios digitais superaram mundialmente os analógicos na armazenagem de informação. Em 2007, cerca de 94% de toda a memória do mundo está em formato digital.

Os pesquisadores também descobriram que os computadores de todo mundo calcularam 6,4 x 1018 (ou 6,4 quintilhões) unidades de informação por segundo em 2007, o equivalente ao número de impulsos nervosos em um único cérebro humano. Se esses cálculos fossem feitos à mão, demorariam 2.200 vezes o período desde o início do Universo, conhecido como Big Bang.

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