Um
novo tipo de produto químico pode fornecer energia para as baterias de
lítio-ar, que há muito tempo sofre obstáculos tecnológicos, o que pode
contribuir para a criação de um produto capaz de fazer frente à gasolina nos
carros, disseram investigadores nesta quinta-feira.
As
baterias recarregáveis têm sido há décadas, a bateria de íons de lítio que
alimenta muitos dispositivos móveis fará 25 anos em 2016, mas expandir essa
tecnologia para os automóveis tem se mostrado difícil.
Pesquisadores
passaram anos procurando uma espécie de bateria conhecida como lítio-ar, ou
lítio-oxigênio, que poderia fornecer 10 vezes mais energia e, possivelmente
mais densidade de energia suficiente para comparar com a gasolina, mas elas
também têm sido alvo de problemas práticos.
Enquanto
uma bateria de lítio-ar definitiva permanece pelo menos a uma década de
distância, pesquisadores da Universidade de Cambridge dizem ter patenteado uma
tecnologia que supera alguns dos principais obstáculos.
A
principal autora da pesquisa, Clare Grey, professora de química na Universidade
de Cambridge, disse que "a conquista significativa" de sua equipe vem
fazendo progressos rumo à alta capacidade "já que levamos a eficiência
para números que competem com a tecnologia de lítio-íon atual".
Como
a tecnologia ainda está em fase de laboratório, não é possível compará-la
diretamente com as tecnologias disponíveis atualmente, disse a cientista.
Mas
a mais recente abordagem mostrou um aumento da eficiência energética de até
93%, e faz isso usando um produto químico diferente do utilizado nas tentativas
anteriores: empregando hidróxido de lítio (LiOH) em vez de peróxido de lítio
(Li2O2).
A
demonstração foi feita com um "eletrodo de carbono altamente poroso, feito de grafeno (incluindo folhas de carbono
de um átomo de espessura) e aditivos que alteram as reações químicas no
trabalho na bateria, tornando-a mais estável e mais eficiente", explica um
comunicado da Universidade de Cambridge.
O
resultado é mais um passo no caminho rumo a uma bateria mais prática e
eficiente, disse Grey.
"Estamos
empolgados com a substância química, mas também temos um monte de trabalho a
fazer, em especial para compreender os mecanismos dessa química e otimizá-la e
trabalhar para chegarmos o mais perto possível de um sistema de maior
eficiência".
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