O
Ministério Público Federal rejeita um perdão geral a empreiteiras suspeitas de
participar de desvios na Petrobras. A força-tarefa da Operação Lava a Jato não
garantirá que empresários não sejam presos ou que continuem a contratar com a
administração pelo simples fato de confessarem irregularidades.
Nos
últimos dias, aumentaram as sondagens das empreiteiras por futuros acordos de
leniência ou delação premiada. Os pedidos coincidem com o depoimento do
ex-diretor Paulo Roberto Costa à 13ª Vara Federal de Curitiba. Na terça-feira,
os procuradores foram ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)
avaliar como fechar acordos de leniência.
A
conclusão foi que só uma empresa pode assinar esse acordo. As outras
construtoras seriam denunciadas e punidas integralmente. E mesmo quem fez o
acerto com o Cade pode sofrer sanções se a colaboração for insuficiente. Outra
conclusão é que a melhor solução é que os executivos também fechem pactos de
delação premiada com o MP. Mas esses acordos não serão para todos e não
resultarão em anistia completa.
Provas
disso são os próprios delatores da Lava a Jato. O engenheiro Paulo Roberto
Costa e o doleiro Alberto Youssef serão denunciados em outras ações criminais
por lavagem de dinheiro por novas irregularidades descobertas na Petrobras. Os
processos serão abertos para se revelar toda a verdade dos fatos, punir os
participantes, mesmo que dois deles que firmaram trato de delação, tenham penas
reduzidas.
O
MPF já rejeitou outros dois pedidos de acordo de delação feitos por réus que
queriam o perdão judicial. Carlos Alberto Costa e Ediel Viana não tinham nada
de relevante a oferecer para a apuração. Já Lucas Pace conseguiu acordo com a
Procuradoria porque forneceu informações importantes sobre bancos e corretoras.
Fonte-dp
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