O
melhor momento para abater um míssil hostil é logo após o seu lançamento.
Durante a sua “fase de acúmulo” inicial ele se move mais lentamente, é mais
fácil de ser detectado porque seus gases de exaustão são quentíssimos e porque
representa um alvo maior, já que não se desfez dos seus tanques de combustível
de primeiro estágio. Outro bônus de abatê-lo nesta fase é que seus detritos
cairão sobre o país que o lançou – seu inimigo – e não em você.
Quando
mísseis rompem a atmosfera e começam a planar eles podem dispor de vários
disfarces. No vácuo do espaço, balões de alumínio, ou nuvens de faixas de
alumínio conhecidas como palha, formam um rastro do míssil que as lançou. Nem
mesmo os militares americanos conseguem distinguir disfarces sofisticados de
uma ogiva.
Abatê-lo
nesta fase também requer velocidade. Interceptores (mísseis antimísseis)
disparados do mar ou da terra provavelmente chegarão tarde demais. A solução
proposta pelo ex-presidente dos EUA Ronald Reagan era a de “Guerra nas
Estrelas”: manter satélites armados e capazes de abater mísseis orbitando sobre
as bases de lançamento de nações hostis. Esse sistema custava muito caro, e os
americanos desistiram dele nos anos 90. Agora, alguns especialistas afirmam que
chegou o momento de uma nova estratégia, uma espécie de “Guerra nas Estrelas,
volume 2″: aviões-robô voando em altas altitudes.
O
arsenal da Coreia do Norte de mísseis balísticos provavelmente poderia ser
atacado se pelo menos três aviões-robô fossem posicionados em locais adequados
a todo tempo. Proteger Israel e a Europa de mísseis iranianos seria mais
difícil. O Irã é maior que a Coreia do Norte, de modo que os interceptores
precisariam ser mais rápidos e, portanto, maiores para conseguirem chegar a
todas as áreas de seu território. Tal abordagem fracassaria contra países
realmente grandes como China e Rússia, que, de qualquer modo, podem lançar
mísseis a partir de submarinos indetectáveis.
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