A especulação sobre se animais pode
prever terremotos não é nova: tal ideia ocorreu aos romanos. Por mais de 200
anos pessoas têm relatado comportamentos atípicos de animais apenas alguns
minutos ou horas antes de potentes eventos sísmicos. Mas agora um novo programa
espacial pode estar prestes a apresentar os fatos para explicar tais relatos.
Em dezembro de 2013 a Agência
Aeroespacial Alemã anunciou seus planos para investir aproximadamente US$ 26
milhões no projeto ICARUS (Sigla em inglês para cooperação internacional para a
pesquisa animal com uso do espaço) – uma iniciativa conjunta com a Agência
Espacial russa – que pretende revelar um lado até então oculto da vida na
Terra: as rotas migratórias de animais alados.
Quando o ICARUS for iniciado, no fim
de 2014, cerca de 1000 pássaros serão equipados com dispositivos de detecção
ultraleves. Esses registrarão a localização das criaturas em tempo real por
meio do uso de comunicação de radiofrequência ligada a instrumentos a bordo da
Estação Espacial Internacional.
Mas, além de monitorar as migrações,
o ICARUS também será usado para pesquisar movimentos não convencionais de
animais. Martin Wikelsi, professor de ornitologia envolvido com o projeto,
explica que o ICARUS testará pela primeira vez se animais alados podem ser
usados como “sensores inteligentes” de terremotos iminentes.
Pássaros e morcegos podem servir a
esse propósito graças à sua habilidade de detectar campos magnéticos. Essa
capacidade provavelmente ajuda as criaturas a voarem – mas também talvez possa
permiti-lhes sentir terremotos antecipadamente.
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