Bactérias
com potencial para causar graves infecções estão ficando cada vez mais
resistentes a antibióticos. Segundo a comunidade médica mundial, a situação
representa “uma ameaça catastrófica para a população e pede ação mundial
urgente”.
De
acordo com o médico britânico Dame Sally Davies, se duras medidas não forem tomadas
para restringir o uso de antibióticos “vamos nos encontrar em um sistema de
saúde não muito diferente do início do século xix”.
Enquanto
a eficácia dos antibióticos diminui, surgem novas espécies mais resistentes de
antigas bactérias, como a Klebsiella, causadora da pneumonia. Bactérias
encontradas no intestino, especialmente perigosas para idosos e pessoas
frágeis, também estão ganhando resistência aos medicamentos.
Nas
décadas seguintes à invenção da penicilina, empresas farmacêuticas desenvolveram
uma vasta gama de medicamentos. Porém, desde 1987, não há mais classes de
drogas descobertas.
A
Associação da Indústria Britânica diz que a preocupação tem fundamento e que “a
resistência das bactérias é um problema sério e crescente” para o mundo. Stephen
Whitehead, chefe executivo da organização, diz que o problema é grave, mas
ressalta que as empresas farmacêuticas estão investindo em pesquisas para
solucionar a situação. “Há empresas farmacêuticas ativamente envolvidas em
pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos. Mas ainda há muito a ser
feito”, diz Whitehead.
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