Depois de vários testes mal sucedidos com a
tecnologia de sensores nas linhas do gol em 2005 e 2007, a Fifa prometeu que
na próxima Copa do Mundo não haverá lugar para os chamados "gols
fantasmas".
A entidade que comanda o futebol mundial está
usando dois sistemas: o Olho do Falcão e o GoalRef no Mundial de Clubes no
Japão, e um deles será usado na Copa das Confederações do ano que vem.
"Um destes dois sistemas, não usaremos os
dois, mas um deles será utilizado na Copa das Confederações e no Mundial de
2014", afirmou Blatter em uma coletiva de imprensa em Tóquio.
"Ainda não tomamos nenhuma decisão crítica até
o momento", acrescentou o suíço na véspera da final entre Chelsea e
Corinthians em Yokohama. "Tomaremos uma decisão depois da final de amanhã.
No momento, só podemos dizer que funciona".
O Olho do Falcão, de desenvolvimento britânico, já
é usado satisfatoriamente em esportes como o tênis e o críquete, e consiste em
um conjunto de sete câmeras de alta velocidade que cobrem ângulos distintos de
cada gol.
O GoalRef, um projeto desenvolvido em conjunto por
alemães e dinamarqueses, usa uma bobina elétrica no interior da bola e ondas
magnéticas ao redor do gol.
"Os árbitros estão contentes em ter esta ajuda,
pois sabem que se houver uma situação de dúvida, poderão estabelecer com
precisão se houve ou não o gol", afirmou Blatter.
"Estamos falando desta tecnologia de linha de
gol desde o começo do ano 2000. Já a temos desde o Mundial de Clubes de 2007,
com o sistema do chip (Cairos) na bola".
"Vimos que não funcionava muito bem e deixamos
de lado essa tecnologia até que tivéssemos sistemas mais precisos, e agora
veremos o que acontece".
"Na Copa do Mundo de 2010, vocês se recordam,
Lampard marcou um grande gol (contra a Alemanha) no qual a bola ultrapassou a
linha do gol em ao menos 70
centímetros . Os árbitros não conseguiram ver, não viram,
não sei. Mas em todo caso, a partida continuou".
"Naquele momento, como presidente da Fifa, eu
disse que se ainda fosse presidente em 2014, não poderíamos arriscar ter a
mesma situação se houvesse um sistema preciso".
A federação inglesa de futebol e a Premier League,
Primeira divisão do campeonato inglês, já aceitaram o sistema Olho do Falcão,
mas o presidente da Uefa, Michel Platini, segue se opondo ao uso da tecnologia.
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