Antes mesmo de confirmar a aprovação do uso do chip nas bolas para validação ou não dos gols, quinta-feira, na sede da Fifa, em Zurique, na Suíça, o secretário-geral Jérôme Valcke fez questão de ser claro em seu pronunciamento: “Não é uma discussão sobre tecnologia. É uma discussão sobre tecnologia do chip na bola. E só”. A declaração tinha um objetivo simples: refutar qualquer possibilidade da implementação definitiva de artifícios tecnológicos para minimizar erros no esporte além da confirmação do gol, algo até certo ponto já surpreendente para a conservadora International Board.
A informação, no entanto, não foi suficiente para convencer os jornalistas presentes na coletiva de imprensa. Entre questionamentos sobre o funcionamento do dispositivo que entrará em ação a partir do Mundial de Clubes, no Japão, uma pergunta se fez recorrente: medidas contra equívocos na regra do impedimento seriam o próximo passo? Com o discurso ensaiado, Valcke repetiu calmamente que não, até que em determinado momento, com firmeza, tentou encerrar o assunto:
- Já falamos e repetimos hoje e em inúmeras ocasiões: não abrimos um debate sobre a tecnologia. Somente aceitamos ajudar o árbitro na questão de linha de gol, mas não estamos falando da tecnologia em outros âmbitos.
Formado por membros das quatro confederações do Reino Unido, inventor do futebol (Inglaterra, País de Gales, Irlanda do Norte e Escócia), além da Fifa, que tem peso quatro nas votações, a International Board se curvou aos pedidos de implementação do chip muito por conta dos recorrentes casos de polêmicas sobre validação de gols envolvendo o futebol inglês. Um passo adiante, por sua vez, é algo totalmente descartado sob, entre outras, a justificativa de que a dinâmica do jogo não pode ser alterada.
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