sábado, 14 de março de 2015

O camaleão e seus nanocristais



Estudo divulgado na última terça-feira, 10, pela revista científica Nature Communications revelou como acontece a mudança de cor do camaleão. A pesquisa, realizada por pesquisadores da Universidade de Genebra, na Suíça, mostra que a mudança de cor não acontece da mesma forma que em outros animais, pelo acúmulo e dispersão de pigmentos, mas por uma mudança estrutural em minúsculos cristais existentes nas células da pele do camaleão.
Esses nanocristais formam uma estrutura parecida com uma “grade” dentro de certas células que têm a função de refletir as ondas de luz de diferentes comprimentos. Quando o camaleão excita ou relaxa a pele, o arranjo estrutural dos nanocristais é alterado, levando à mudança de cores.
Os cientistas também descobriram que a mudança de cor não serve apenas para a interação social e para a camuflagem. A equipe liderada por Michel Milinkovitch e Dirk van der Marel observou que algumas células, conhecidas como iridóforos, localizadas em uma camada mais profunda da pele não refletem a luz visível e sim a luz infravermelha. Isso significa que a mudança de cores também é usada para proteção térmica.
Durante o estudo, os cientistas observaram que os nanocristais se organizam de uma forma densa quando o camaleão está calmo, refletindo comprimentos de onda que vão do verde ao azul. Já quando ele está excitado, outras cores como o amarelo, o laranja e o vermelho são refletidas.

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