A divulgação de uma pesquisa feita de
forma sigilosa pelo Facebook causou a indignação dos usuários da maior rede
social do mundo.
Em 2012, o Facebook manipulou durante
duas semanas o feed de notícias de 689,003 usuários. A pesquisa visava analisar
o impacto do “contágio emocional” causado pelas postagens na rede social.
Para isso, o Facebook, passou a
manipular as notícias e as palavras que apareciam no feed de notícias do
usuário para determinar se o teor das atualizações refletia em seu humor e em
suas próprias postagens.
O estudo foi feito em parceria entre
as universidades Cornell e da Califórnia, EUA. Os pesquisadores concluíram que
usuários que recebiam menos mensagens negativas tinham menos chances de postar
algo negativo e vice-versa.
No último domingo, 29, Adam Kramer,
analista de dados do Facebook e autor da pesquisa, disse que a empresa
considerava importante avaliar o impacto que as postagens causam nos usuários.
“Ao mesmo tempo, também estávamos preocupados com a hipótese de que a exposição
à negatividade dos amigos pode levar as pessoas a evitar entrar no Facebook”,
disse Kramer.
Contudo, usuários e especialistas do
setor de tecnologia criticaram a pesquisa. “O que temíamos já é uma realidade:
o Facebook está nos usando como ratos de experimento”, diz a página do
Animalnewyork.com, blog que divulgou a pesquisa na última sexta-feira, 27,
dando início à polêmica.
A pesquisadora de política e ética de
dados, Kate Crawford, chamou atenção para a falta de ética do Facebook. “Vamos
chamar o experimento do Facebook do que ele é: o sintoma de uma falha muito
maior em pensar sobre ética, poder e consentimento sobre plataformas digitais”,
disse Kate.
Fonte-opiniao
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