terça-feira, 1 de julho de 2014

Facebook manipulou sigilosamente o feed de notícias de quase 700 mil usuários para avaliar o impacto das postagens no humor

A divulgação de uma pesquisa feita de forma sigilosa pelo Facebook causou a indignação dos usuários da maior rede social do mundo.
Em 2012, o Facebook manipulou durante duas semanas o feed de notícias de 689,003 usuários. A pesquisa visava analisar o impacto do “contágio emocional” causado pelas postagens na rede social.
Para isso, o Facebook, passou a manipular as notícias e as palavras que apareciam no feed de notícias do usuário para determinar se o teor das atualizações refletia em seu humor e em suas próprias postagens.
O estudo foi feito em parceria entre as universidades Cornell e da Califórnia, EUA. Os pesquisadores concluíram que usuários que recebiam menos mensagens negativas tinham menos chances de postar algo negativo e vice-versa.
No último domingo, 29, Adam Kramer, analista de dados do Facebook e autor da pesquisa, disse que a empresa considerava importante avaliar o impacto que as postagens causam nos usuários. “Ao mesmo tempo, também estávamos preocupados com a hipótese de que a exposição à negatividade dos amigos pode levar as pessoas a evitar entrar no Facebook”, disse Kramer.
Contudo, usuários e especialistas do setor de tecnologia criticaram a pesquisa. “O que temíamos já é uma realidade: o Facebook está nos usando como ratos de experimento”, diz a página do Animalnewyork.com, blog que divulgou a pesquisa na última sexta-feira, 27, dando início à polêmica.
A pesquisadora de política e ética de dados, Kate Crawford, chamou atenção para a falta de ética do Facebook. “Vamos chamar o experimento do Facebook do que ele é: o sintoma de uma falha muito maior em pensar sobre ética, poder e consentimento sobre plataformas digitais”, disse Kate.
Fonte-opiniao

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