quarta-feira, 11 de maio de 2011

Pernambuco ganha o primeiro carro elétrico




Pequeno, com espaço para apenas duas pessoas; potente, com capacidade de transporte de até 350kg de cargas; com baixo custo de combustíveis, em média, R$ 0,05 por quilômetro rodado; e, acima de tudo, ambientalmente sustentável. A partir do próximo mês, o primeiro carro totalmente elétrico, de produção nacional, começa a circular nas ruas da Região Metropolitana do Recife. O Aris, de produção da Edra Automotores, será testado durante um período de seis meses, e sem custos, pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) do estado. O protótipo tem custo estimado de R$ 80 mil, mas caso o modelo chegue a ser produzido em larga escala, o preço final ao consumidor deve ficar em torno de R$ 20 mil - valor menor que os carros pupulares convencionais movidos a combustível.
De autoria da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), o projeto de cooperação foi assinado nesta segunda-feira (9), no Espaço Ciência, em Olinda. Semelhante a ele, já está em circulação na cidade de Campinas, interior de São Paulo, um outro Aris, este, utilizado pelos Correios da cidade. “Ele é ideal para circular justamente em ambientes como uma região metropolitana, o que satisfaz demais uma empresa pública como os Correios ou secretarias de governo. A autonomia é de 100km, o que normalmente é coberto em um dia. Depois, basta recarregar em uma tomada comum”, explica o vice-presidente da CPFL, Paulo Cezar Tavares.
Menor e mais silencioso que os carros comuns, o Aris não tem escapamento, ou seja, não emite gases que contribuem para o efeito estufa, como os veículos comuns. Além disso, desenvolve até 80 km/h, velocidade limite em áreas urbanas e, para estar com o ‘tanque cheio’, bastam cinco horas ligados à tomada. O conjunto de baterias, importado atualmente ao valor de 10 mil dólares, tem capacidade de armazenar até 27,5 kw/h. “Em comparação com os carros de passeio a combustíveis líquidos, a eficiência é mais de 300% superior. Com a combustão da gasolina, por exemplo, apenas 25% da energia gerada se transforma em força de propulsão do carro, realmente utilizada. No caso do carro elétrico, o índice de aproveitamento é de 85%”, conclui Tavares.

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