domingo, 15 de janeiro de 2017

Fim das obturações

    Um estudo publicado pela revista Scientifica Reports, conduzido por cientistas britânicos do King’s College, de Londres, mostra que a equipe desenvolveu uma substância química que estimula células da polpa dental a taparem pequenos buracos nos dentes.
Os testes foram feitos primeiro em ratos de laboratório, mas testes de segurança já foram feitos em humanos. A substância, chamada Tideglusib, já foi usada em pesquisas sobre demência.
Os dentes têm uma capacidade limitada de regeneração. São capazes de produzir uma pequena faixa de dentina – a camada abaixo do esmalte – se a polpa ficar exposta, mas não podem consertar cavidades maiores. Isso é feito com obturações, procedimento em que dentistas usam um amálgama metálico ou um composto feito de vidro em pó e cerâmica. Só que esses reparos frequentemente precisam ser substituídos ao longo da vida. Foi ao pesquisar sobre a ampliação da capacidade regenerativa natural dos dentes que a equipe descobriu a substância.
Uma esponja biodegradável embebida no produto foi colocada na cavidade. A substância aumentou a atividade de células-tronco na polpa dental dos ratos e conseguiram fazer reparos em buracos de 0,13 mm nos dentes dos roedores.
“A esponja é biodegradável, isso é a chave”, disse à BBC Paul Sharpe, um dos cientistas do King’s College. “O espaço ocupado pela esponja fica cheio de minerais enquanto a dentina regenera então você não tem nada ali que possa falhar no futuro.”

O próximo passo agora é conseguir aumentar o poder de ação da Tideglusib. “Não acho que vamos esperar muito tempo. Tenho esperanças de que [o tratamento] estará comercialmente disponível de três a cinco anos”, completou Sharp.

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