sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Cut: Vagner Freitas disse que foi mal interpretado e que usou uma figura de linguagem

Na última quinta-feira, 13/08, Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), fez um discurso polêmico em um evento, no Palácio do Planalto, que reuniu cerca de mil integrantes de movimentos sociais ligados ao governo. Em seu discurso a favor da presidente Dilma Rousseff, ele falou em pegar em “armas” para impedir qualquer tentativa de golpe para tirar Dilma do poder.
“Somos defensores da unidade nacional, da construção de um projeto de desenvolvimento para todos e para todas. E isso implica, neste momento, ir para as ruas entrincheiradas, com armas nas mãos, se tentarem derrubar a presidenta”, disse.
No mesmo dia, ele procurou o Jornal Nacional, da Rede Globo, para dizer que foi mal interpretado, e que seu discurso usava uma figura de linguagem.  Em nota ao site da CUT, Freitas disse: “a frase mais destacada da minha fala de quase oito minutos foi justamente a que citava as armas. Foi entendida como um chamado à violência, ao uso de armas de fogo. Qualquer sindicalista sabe que quando nos referimos a usar ‘todas as armas que forem necessárias’, estamos nos referindo às armas da democracia, que é a luta por direitos, a mobilização organizada, democrática, com respeito às diferenças”.
No evento, Dilma também criticou aqueles que defendem o impeachment. Ela disse que é preciso respeitar o resultado das eleições. “A democracia é algo que temos que preservar custe o que custar”. A presidente também disse ser a favor das manifestações, já que na época do regime militar estes atos eram vistos como ameaça às instituições. “Não vejo nem nunca verei problema em manifestações. Tenho que ter lealdade com a experiência histórica da minha geração, que foi muito dura. Eu sobrevivi”, disse. É esperado que ocorram manifestações em todo o país no próximo domingo, 16, a favor do impeachment.
Além disso, Dilma criticou pela primeira vez o atentado ao Instituto Lula, que foi alvo de uma bomba caseira no mês passado. “Temos que zelar pelo respeito que as pessoas que pensam diferente da gente têm que receber de nós. Diálogo é diferente de pauleira. Dialogo é dialogo, pauleira é pauleira. Ninguém pode chamar de diálogo xingar alguém. Botar bomba não é diálogo”, afirmou.
Fonte-opiniao


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