Na
última quinta-feira, 13/08, Vagner Freitas, presidente da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), fez um discurso polêmico em um evento, no Palácio do
Planalto, que reuniu cerca de mil integrantes de movimentos sociais ligados ao
governo. Em seu discurso a favor da presidente Dilma Rousseff, ele falou em
pegar em “armas” para impedir qualquer tentativa de golpe para tirar Dilma do
poder.
“Somos
defensores da unidade nacional, da construção de um projeto de desenvolvimento
para todos e para todas. E isso implica, neste momento, ir para as ruas
entrincheiradas, com armas nas mãos, se tentarem derrubar a presidenta”, disse.
No
mesmo dia, ele procurou o Jornal Nacional, da Rede Globo, para dizer que foi
mal interpretado, e que seu discurso usava uma figura de linguagem. Em nota ao site da CUT, Freitas disse: “a
frase mais destacada da minha fala de quase oito minutos foi justamente a que
citava as armas. Foi entendida como um chamado à violência, ao uso de armas de
fogo. Qualquer sindicalista sabe que quando nos referimos a usar ‘todas as
armas que forem necessárias’, estamos nos referindo às armas da democracia, que
é a luta por direitos, a mobilização organizada, democrática, com respeito às
diferenças”.
No
evento, Dilma também criticou aqueles que defendem o impeachment. Ela disse que
é preciso respeitar o resultado das eleições. “A democracia é algo que temos
que preservar custe o que custar”. A presidente também disse ser a favor das
manifestações, já que na época do regime militar estes atos eram vistos como ameaça
às instituições. “Não vejo nem nunca verei problema em manifestações. Tenho que
ter lealdade com a experiência histórica da minha geração, que foi muito dura.
Eu sobrevivi”, disse. É esperado que ocorram manifestações em todo o país no
próximo domingo, 16, a favor do impeachment.
Além
disso, Dilma criticou pela primeira vez o atentado ao Instituto Lula, que foi
alvo de uma bomba caseira no mês passado. “Temos que zelar pelo respeito que as
pessoas que pensam diferente da gente têm que receber de nós. Diálogo é
diferente de pauleira. Dialogo é dialogo, pauleira é pauleira. Ninguém pode
chamar de diálogo xingar alguém. Botar bomba não é diálogo”, afirmou.
Fonte-opiniao
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