Quem
está na corrida por uma vaga no serviço público certamente já ouviu de colegas
que já chegaram lá alguns comentários ou boatos que acabam por encobrir a
realidade.
Com
isso, alguns mitos se espalharam por entre aqueles que não conhecem bem “o lado
de lá” da linha de chegada. Abaixo 3 mitos contados por concurseiros para serem
desvendados. Confira:
Mito
1: nunca há trabalho
Essa
talvez seja a principal lenda sobre a vida dentro de uma instituição pública.
Livre da pressão e competitividade da iniciativa privada, muita gente ainda
alimenta a ilusão de que um funcionário público passe o dia todo de pernas para
o ar, sem fazer nada.
Isso
não é nem de longe verdade. Um concurso pode sim ser a chave para uma vida
confortável e estável, mas será preciso muito esforço e dedicação para mantê-la
desse jeito.
Tal
como ocorre em empresas privadas, cada funcionário público tem atribuições
muito específicas, e cabe a ele desempenhá-las com zelo e cuidado — algumas
dessas tarefas são de grande responsabilidade, inclusive. A rotina de trabalho,
que varia entre 6 a 8 horas, a depender do cargo, precisa ser cumprida e os
horários respeitados. E se as tarefas acumularem, concursados também fazem hora
extra.
Mito
2: as remunerações são sempre exorbitantes
Os
bons salários são, de fato, um dos maiores atrativos de um concurso público,
mas é importante lembrar que o contracheque no final do mês varia de acordo com
o cargo empossado.
Funções
que exigem nível superior são mais bem-pagas que aquelas de nível médio: a
remuneração da primeira pode chegar até R$ 12 mil, ao passo que os salários de
nível médio costumam girar em torno de R$ 2 mil e R$ 5 mil, fora os benefícios
como auxílio-alimentação e vale-transporte.
Para
ter certeza do salário, basta checar o edital do concurso. E lembre-se: muitas
instituições públicas possuem plano de carreira, o que significa que sua
remuneração vai aumentar com o passar dos anos.
Mito
3: é impossível ser demitido
A
estabilidade provavelmente é o grande coringa do funcionalismo público, uma
opção profissional que costuma ser para a vida toda. Com um emprego garantido,
é muito mais fácil idealizar e colocar em prática planos de longo prazo:
planejar grandes viagens, financiar imóveis ou formar uma família.
O que
pouca gente sabe, no entanto, é que em alguns casos a demissão de um
funcionário concursado é perfeitamente cabível. Mas quando isso acontece?
Geralmente em casos de:
•
Crime contra a administração pública;
•
abandono de cargo;
• ou
inassiduidade habitual.
Isso
mesmo, se você ficar muito tempo sem bater o cartão de ponto, pode perder o
emprego: faltar o trabalho por trinta dias consecutivos ou ainda por sessenta
dias ao longo de um ano é o suficiente para justificar a adoção da medida e
destituí-lo de vez de sua função.
Antes
de se inscrever para determinado certame procure saber mais sobre a rotina de
trabalho no local. Converse com os servidores da instituição, tire dúvidas,
questione, envolva-se. Desmistificar o dia a dia do emprego público pode fazer
toda a diferença na hora de fazer a escolha certa e alcançar uma vida
profissional de êxito e sucesso.
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