domingo, 1 de dezembro de 2013

Estudo: abelhas podem identificar doenças como câncer e diabetes

Mesmo quando uma abelha está a quilômetros de distância, ela ainda pode sentir o cheiro de uma flor ou toxina particular. O olfato de uma abelha chega a ser até 100 vezes mais sensível do que o nariz de um ser humano, podendo até farejar o cheiro de um tumor de câncer em estágio inicial.
Pelo menos é o que afirma a artista baseada em Londres Susana Soares, que vem treinando abelhas para serem assistentes de médicos. As abelhas, ao que parece, podem aprender a reconhecer através do olfato os biomarcadores da doença muito rapidamente. “Elas podem ser treinadas em poucos minutos”, diz Soares.
“Como os cães, elas respondem a recompensas: basta dar um doce e associar a recompensa a certo cheiro.” Para um diagnóstico, basta à abelha farejar a respiração de alguém para identificar se um composto específico está presente no hálito.
Soares trabalhou com um soprador de vidro para ajudar as abelhas a fazerem sua análise. Um paciente sopra em uma pequena parte de um globo, enquanto as abelhas esperam dentro de uma câmara maior. Se as abelhas reconhecem um determinado composto no hálito, elas voam em direção a ele. O teste é surpreendentemente preciso, graças à capacidade das abelhas para detectar concentrações de moléculas incrivelmente pequenas, na faixa de uma parte por trilhão.
Segundo a artista, a pesquisa demonstrou que as abelhas podem ser treinadas para identificar os compostos químicos de doenças como tuberculose, câncer de pâncreas e pulmão e diabetes.
Por enquanto, não existe possibilidade de uso comercial das abelhas no diagnóstico de doenças. “Estes são protótipos muito experimentais e, portanto, precisaria de muito mais testes”, explica Soares. Mas, segundo ela, há interesse em continuar com o projeto para o desenvolvimento de uma forma econômica de detectar doenças em estágio inicial especialmente em países pobres.

Nenhum comentário: