terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Restos mortais de Dom Pedro I são exumados


Exames realizados sob sigilo entre fevereiro e setembro do ano passado revelaram novas histórias sobre a família imperial brasileira.
Isso foi possível por meio da exumação dos restos mortais de Dom Pedro I, o primeiro imperador brasileiro, e de suas duas mulheres, as imperatrizes Dona Leopoldina e Dona Amélia.
Essa foi a primeira vez que o corpo do imperador passou por análise. Os corpos de Dom Pedro I e de suas mulheres estavam no Parque da Independência, em São Paulo, desde 1972.
O estudo foi realizado pela historiadora e arqueóloga Valdirene do Carmo Ambiel, que contou com o apoio da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
A análise revelou, por exemplo, que Dom Pedro I tinha quatro costelas fraturadas do lado esquerdo do corpo, praticamente inutilizando um de seus pulmões, o que pode ter agravado a tuberculose que o matou aos 36 anos de idade, em 1834.
Outra revelação é que não havia uma comenda ou insígnia brasileira entre as medalhas encontradas no esqueleto de Dom Pedro I, que estava dentro de três urnas. A única referência ao período em que ele governou o Brasil é a frase “Primeiro Imperador do Brasil” escrita ao lado de “Rei de Portugal e Algarves” gravada na tampa de chumbo de um de seus caixões.
Descobriu-se também que a segunda mulher de Dom Pedro I, Dona Amélia de Leuchtenberg, está mumificada. Os restos mortais do imperador e de suas mulheres foram submetidos a tomografias e ressonância magnética.
“Unimos as ciências humanas, exatas e biomédicas com o objetivo de enriquecer a História do Brasil”, disse a historiadora e arqueóloga Valdirene do Carmo Ambiel.
Fonte-opinião

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