sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A desigualdade e os jovens no Brasil


Pesquisa recente nos mostra uma multidão de jovens atingidos pela desigualdade e submetidos a condições desfavoráveis de vida e de desenvolvimento de suas potencialidades. Os jovens brasileiros são cerca de 50 milhões, e mais de 84% vivem no meio urbano; entre estes, os que se encontram na periferia convivem com rotinas de altas taxas de desemprego, violência, crescente segregação espacial, qualidade de vida deteriorada; metade deles vive em moradias inadequadas; dois milhões dos que têm entre 15 e 29 anos vivem em favelas. Quase 15% de nossos jovens ainda permanecem fora da escola; é grande a desproporção entre idade e série, pois nem a metade dos alunos entre 14 e 17 anos está no ensino médio, etapa crucial da educação. Pior, essa frequência contínua sem melhora significativa, comprometendo o futuro de milhões de brasileiros.        
Há também em nosso país o problema da histórica desigualdade do acesso ao ensino superior. Dessa forma, a desigualdade avança para o âmbito dos postos de trabalho, do rendimento e das condições de vida. A situação de desigualdade de condições na formação e preparação para o mercado de trabalho se configura em violência, visto que a toda essa multidão restará apenas o trabalho informal e pequenos “bicos” para se manter.
Enquanto prevalecer esse quadro, certamente continuaremos a conviver com os demais tipos de violência que se alastram pelo nosso cotidiano. Aqui acenamos com alguns indicadores da desigualdade, que é ainda mais ampla, sobretudo quando analisamos a questão racial e de gênero. Milhões de nossos jovens sofrem duramente com o processo de desigualdade e exclusão.


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