terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Nanotecnologia combatendo a leucemia


Os tratamentos contra a leucemia em crianças apresentam são compostos por tóxicos que não diferenciam as células, pelo que investigadores da Universidade de Delaware apostam na nanotecnologia para ministrar doses mais reduzidas. Em resultado, o tempo de sobrevivência aumentou.
A redução da dose, para um terço, e a aplicação do tratamento por nanotecnologia pode aumentar o tempo de sobrevivência para as crianças com cancro. Um estudo realizado nos EUA, com modelos pré-clínicos de ratos com leucemia linfoblástica aguda (tipo de tumor que afeta o sangue), demonstrou que a principal vantagem desta técnica é a diminuição dos efeitos colaterais, pois os tratamentos convencionais são compostos por tóxicos que não conseguem diferenciar as células normais das cancerígenas.
Segundo o estudo, divulgado pelo Portal de Informação Português de Oncologia Pediátrica, os investigadores do Departamento de Ciência e Engenharia dos Materiais da Universidade de Delaware e do Centro para Pesquisa do Cancro Infantil Nemours encapsularam um terço da dexametasona, um medicamento comum no tratamento da leucemia infantil, nos modelos pré-clínicos de ratos com leucemia linfoblástica aguda.
Os resultados, cujo resumo foi publicado na revista Molecular Pharmaceutics, demonstraram que o recurso à­­­­ nanotecnologia permite dosear as partículas dos fármacos encapsulados no núcleo da célula, ao contrário do que acontece nos tratamentos convencionais de quimioterapia, com menor grau de precisão. Os principais medicamentos utilizados na quimioterapia contra a leucemia em crianças acrescentou o coordenador da investigação, são tóxicos e não conseguem diferenciar as células cancerígenas das saudáveis.
Os cientistas estão agora desenvolvendo esta técnica em crianças com cancro. Além dos bons resultados terapêuticos e sem efeitos colaterais significativos, o ensaio demonstrou que as crianças que receberam os medicamentos entregues através deste processo sobreviveram mais tempo do que aqueles que receberam o fármaco administrado de forma convencional.

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