segunda-feira, 2 de julho de 2012

A Arte Nanotecnológica

Será que a ciência pode ter um pouco de arte? As imagens a seguir provam que a resposta é sim. Criadas por cientistas de todo o mundo, elas exibem o mundo da nanotecnologia – com materiais que são muitas vezes menores que o ponto no final desta sentença. Incrível, não? Confira melhor os detalhes a seguir:

“Flowers of Pandora”

Jian Shi, University of Wisconsin, Estados Unidos


Estas flores parecem pertencer ao ecossistema fluorescente de Avatar. Entretanto, estão aqui na Terra mesmo, invisíveis pelo seu tamanho microscópico de apenas dois micrometros – o que equivale aproximadamente a um quarto do tamanho de uma gota de nevoeiro.

Incrivelmente, elas se formaram numa câmara de vácuo a altas temperaturas. Quando iluminadas por luz ultravioleta, adquiriram um verde quase neon. As pétalas foram artificialmente coloridas para dar um efeito visual melhor.

Apesar de parecer que não tem nenhuma aplicação prática, esta técnica de iluminação pode ser futuramente útil para o estudo de células.

“Bad Pitch”

David Gracias, Johns Hopkins University, Estados Unidos

Acredite, este pequeno cubo formado por diferentes metais tem o tamanho de uma partícula de poeira e assumiu esta forma sozinho quando aquecido. Este processo no qual um componente desorganizado se configura em uma estrutura organizada unicamente através da interação com outras é conhecido como “auto-montagem”.

“Nano Witch”

Mariela Bravo-Sanchez, Universidad Autonoma de San Luis Potosi, México


Esta estrutura super delicada é a forma cristalina do óxido de zinco wurtzita – o único material que tem propriedades tanto semicondutoras quando piezoelétricas. Isto é, capacidade de gerar corrente elétrica por resposta a uma pressão mecânica.

Por estas qualidades, ele tem aplicações em diversas áreas, desde a engenharia elétrica até a biomedicina.

“Van Gogh Nano Tubes”

Wen Hsun Tu, National Taiwan University, Taiwan


Esta imagem parecida com a “Noite Estrelada” de Van Gogh mostra uma massa espiralada de nanotubos – minúsculas fibras flexíveis que são mais rígidas que aço.

Para conseguir este efeito, os pesquisadores dispuseram pequenas estruturas na superfície de uma gota que estava secando e adicionaram dois compostos químicos – um encontrado em spray de cabelo e outro encontrado em detergentes.

“Watermelon on Pandora”
Yongxing Hu, University of California, Estados Unidos


Este jardim de nano-esferas plásticas foi criado quando cientistas colocaram nanopartículas de óxido de ferro em gotas de plástico líquido e posicionaram ímãs nas proximidades. Através da ação magnética, as partículas se alinharam na superfície, dando uma aparência semelhante a uma melancia.

O ímã torna possível a movimentação e mudança de cor das esferas. Esta característica pode ter aplicação futura em telas e papéis regraváveis.

“Squaring the Circle”

Waldemar Smirnov, Fraunhofer Institut Angewandte Festkörperphysik, Alemanha


O que você vê aqui é um único grão de diamante – o material mais duro conhecido. Para fazer estas reentrâncias, o gás de hidrogênio catalizou uma reação que dissolveu alguns dos átomos de carbono, permitindo assim que as esferas de níquel – em vermelho – penetrassem na sua superfície cristalina.

Esta técnica pode ter uma se mostrar bem útil para moldar o diamante para diversas aplicações.

“Micro Sea”

Sung H. Kang, Harvard University, Estados Unidos


Estas pequenas estruturas de plástico em verde têm 0,002 do diâmetro de um fio de cabelo humano. Elas se auto-organizaram ao redor das pequenas esferas plásticas em laranja.

Para que isso fosse possível, os cientistas adicionaram etanol contendo as microesferas nas estruturas em verde, que as capturaram quando ele evaporou. Ao adicionar água, elas se soltaram.

Futuramente, esta capacidade de capturar e soltar pode ser usada para fazer materiais auto limpantes.


“Indian Summer”

Claudia Hürrich, IFW Dresden, Alemanha


Esta imagem foi tirada por um microscópio óptico polarizado, o que lhe deu as cores vívidas que vemos aqui.

Ela mostra uma liga policristalina constituída por três elementos: níquel, magnésio e gálio. O resultado desta combinação é um material com memória magnética. Isso significa que, quando deformado, ele volta para sua forma original depois de aquecido.

Entre suas possíveis aplicações estão sensores e amortecedores de movimento.

 “Nano Rose”
Pai Chun Wei, National Taiwan University, Taiwan


Esta é a prova de que formas similares são recorrentes na natureza em diferentes magnitudes. O que parece uma rosa é, na verdade, o cristal de índio com algumas centenas de nanômetros de extensão.

Apenas para colocar as coisas em perspectiva, um fio de cabelo humano tem entre 50,000 a 10,000 nanômetros. Reflita.

“Nano Pac-Man”
Elisabetta Comini, University of Brescia, Itália


Estava tudo muito lindo até aqui. Mas não poderíamos deixar de fora esta imagem, que aparenta ser um híbrido de Pac-Man com Venom e Rorschach. Felizmente, a realidade é menos aterradora. Trata-se apenas de óxido de cobre com 3.5 microns.


Acredite: Elisabetta Comini, a cientista responsável, ganhou prêmio pela obra na competição SAA de 2010, em San Francisco.









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