segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Portugueses criam semicondutores em papel

Investigadores da Universidade de Nova de Lisboa descobriram uma forma de fabricar semicondutores eletrônicos em papel. O sistema há muito que vinha sendo estudado pela equipa que, em 2010, descobriu como criar transistores e baterias de papel.
Elvira Fortunato é professora da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa e líder de um projeto pioneiro em todo o mundo. Depois de ter descoberto como criar transistores de papel, a portuguesa volta a dar cartas com um novo avanço muito importante.
Esta semana, a revista científica internacional Advanced Materials publicou um artigo assinado por estes investigadores e pelo grupo do Centro de Nanotecnologia da University College London que explicam como se pode fabricar CMOS (complementary metal-oxide-semiconductor) a partir de papel reciclável e com um baixo consumo energético.
O CMOS é uma tecnologia aplicada no fabrico de circuitos integrados, que reduz bastante o consumo de energia. Em abril, Rodrigo Martins, colega de Elvira Fortunato, garantia que a equipa já estava a trabalhar nesta pesquisa.
Até agora, a equipa de investigadores portugueses não possuía a fórmula decisiva para dar corpo às descobertas anteriores, uma barreira agora ultrapassada.
Os circuitos CMOS são normalmente utilizados em microprocessadores, micro controladores, memórias RAM. São também largamente utilizados em calculadoras, relógios digitais e outros dispositivos alimentados por pequenas baterias.

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