sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Médicos alemães dizem ter curado HIV com células-tronco


Doutores de Berlim, na Alemanha, afirmam que, após um transplante de células-tronco realizado em um paciente com leucemia, infectado pelo vírus HIV, em 2007, passaram a acreditar que o homem foi curado do vírus graças ao tratamento. As informações são do site Aids Map.
O homem recebeu a medula óssea de um doador que possuía resistância natural ao vírus HIV. Isso foi possível graças ao perfil genético que deixa o gene co-receptor CCR5 ausente das células. A mais comum variação do HIV usa este gene como uma estação de encaixe, fixando-se a ele para entrar e infectar as células, e as pessoas com esta mutação são quase completamente protegidas contra infecções por HIV.
O caso foi noticiado pela primeira vez em 2008, em conferência realizada em Boston, Estados Unidos, e os doutores de Berlin, logo depois, publicaram sobre o assunto de forma detalhada na revista New England Journal of Medicine.


Agora, eles publicaram reportagem na revista Blood, argumentando que baseados nos resultados de testes "é possível concluir que a cura da infecção por HIV foi alcançada neste paciente".
O paciente é um homem HIV positivo que desenvolveu leucemia, recebeu tratamento com sucesso e posteriormente viu a volta da doença, em 2007, que tornou necessário um transplante de células tronco.
Antes do transplante, o paciente fez quimioterapia, que destruiu a maioria das células imunes, além de drogas imunossupressoras para prevenir a rejeição das novas células-tronco. Terapia anti retroviral foi aplicada no dia do transplante, com o paciente recebendo um segundo transplante de células-tronco treze dias após o primeiro, graças a uma rápida volta da leucemia.
Se a cura foi alcançada neste paciente, surge a possibilidade da pesquisa para tentativas de desenvolver a cura do HIV por meio de células-tronco. Os pesquisadores acreditam que a descoberta mostra a importância de suprimir a produção das células do gene CCR5, seja por transplante ou por terapia genética.
Se as tentativas se provarem de sucesso, os pesquisadores dizem que devem ser reservadas para pessoas sem mais opções de tratamento além de transplantes de medula óssea ou células-tronco.

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