domingo, 12 de julho de 2009

Nanotecnologia vai da teoria à prática

Europa investe 1,2 bilhão em projetos direcionados ao mercado

O investimento da União Europeia em pesquisa de nanotecnologia, que deve chegar a 1,2 bilhão em sete anos, começa a dar origem a produtos. Segundo a consultoria Lux Research, os produtos nanotecnológicos devem movimentar US$ 3,1 trilhões em todo o mundo em 2015.

É o caso do projeto Membaq, que desenvolve membranas que filtram a água reproduzindo a estrutura das aquaporinas, proteínas encontradas nas células dos seres vivos e que conduzem somente moléculas de água. "São filtros naturais", afirmou Hans Enggrob, coordenador do projeto, durante o World Conference of Science Journalists, em Londres.

A nanotecnologia trabalha no nível molecular, e manipula materiais com dimensões de 100 nanômetros ou menos. Um nanômetro equivale a um milionésimo de milímetro. Um fio de cabelo tem 30 mil nanômetros.

A expectativa é que a pesquisa se transforme em produto em um ano. Para comercializar a tecnologia, foi criada uma empresa, chamada Aquaporin, que recebeu investimento de 6 milhões de fundos de capital de risco.

"Teoricamente, a tecnologia é 10 vezes mais eficiente do que as que existem hoje no mercado", disse Sania Ibragimova, pesquisadora da Aquaporin. A água ultrapura criada a partir da aplicação da tecnologia pode ser usada em setores como indústria farmacêutica, semicondutores e energia.

A União Europeia também financia pesquisas sobre a segurança da nanotecnologia. Uma delas, que está próxima de se transformar em produto, desenvolveu tecnologias de revestimento para evitar que algas e crustáceos se prendam à superfície dos navios. "Um navio com muita sujeira pode consumir 40% a mais de combustível", apontou James Callow, professor da Universidade de Birmingham.
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